Empresas japonesas como Honda e Toyota temem falta de peças no Brasil

Dependência de insumos oriundos do Japão pode dificultar produçãoEmpresas de capital japonês que operam no Brasil, muitas dependentes de peças e insumos fornecidos pelas matrizes, ainda não conseguem avaliar o impacto da tragédia no Japão nos negócios locais, mas algumas temem por dificuldades na produção. A maioria das empresas calcula ter estoques para manter a produção por dois a três meses, casos por exemplo das montadoras Honda (que recebe da matriz câmbio automático) e Toyota (motor e câmbio).

A Toyota do Brasil manteve para a próxima terça, dia 22, evento com a imprensa brasileira de apresentação do novo Corolla. A Panasonic avalia que é necessário mais tempo para analisar os impactos.

? Os danos poderão ter algum efeito na produção de Manaus nos próximos meses, uma vez que muitos materiais utilizados vêm do Japão, especialmente para câmeras digitais, rádios para carros e TVs de plasma e LCD ? afirma a empresa.

Segundo Mauricio Loureiro, presidente do Centro das Indústrias do Amazonas, as partes mais afetadas no Japão não comprometeram no todo as operações de negócios, pois há empresas que operam em outras áreas que não sofreram tanto com o terremoto.

? Pelo que temos de informações algumas empresas suspenderam as operações, mas voltarão a operar em breve ? diz Loureiro.

Ele lembra que empresas como a Sony não sofreram maiores danos e que, caso seja necessário, podem se abastecer em fábricas de outros países.

Para consultores, qualquer diagnóstico neste momento envolve mais preocupação do que realidade.

? O pânico nos mercados financeiros teve mais a ver com o temor do vazamento nuclear do que com o terremoto ? ressalta Marcelo Pereira, gestor da Tag Investimentos.

Segundo ele, ninguém, nem o governo local, sabe o tamanho do problema e isso causa apreensão no mercado mundial.