Se mantiverem o consumo elevado, as empresas sofrerão um corte maior, de 48 horas, em abril. Quem persistir terá o fornecimento elétrico suspenso por prazo indeterminado, até que “termine a emergência elétrica”, possivelmente em maio.
Indústrias, restaurantes, lojas, hotéis, academias e concessionárias de veículos estão na lista de empresas que terão sua energia cortada por não terem conseguido reduzir o consumo. Além das medidas de redução impostas aos “altos consumidores”, o governo determinou uma queda de 10% no consumo doméstico de eletricidade, prevendo multas para os pequenos usuários.
O presidente Hugo Chávez culpou a seca, que atingiu o setor hidrelétrico, responsável por mais de 70% da matriz energética do país. A oposição alega que o problema é de gestão. A superação desse problema energético é considerada essencial para o país enfrentar a atual recessão.
A meteorologia tem previsto chuvas para as próximas semanas, o que representaria um alívio para o governo, que enfrenta boatos a respeito de um colapso total no abastecimento elétrico do país.
Enquanto a chuva não cai, Chávez abusa das frases folclóricas. Chegou a pedir para os venezuelanos irem com uma lanterna ao banheiro à noite e se apresentou como exemplo de quem toma banho em apenas três minutos.