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Encontro Brasil África propõe ampliação de investimentos em países africanos

Objetivo do projeto é garantir segurança alimentar à população com base na agricultura familiarO Mais Alimentos África foi destaque na fala do ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, durante o Encontro Brasil África realizado na quarta, dia 16, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Florence apresentou a experiência do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) nas relações de cooperação para o desenvolvimento agrário no continente africano por meio do programa.

? É mais que oferecer linha de crédito, é um programa de cooperação sul-sul que tem como foco a segurança alimentar com base na agricultura familiar ? explicou o ministro.

Um dos objetivos do evento é justamente debater formas de sintonizar investimentos para garantir a segurança alimentar de países africanos.

? A proposta de cooperação combina ações em três eixos, transferência de tecnologia da Embrapa para a estruturação de políticas públicas, linha de financiamento de máquinas e equipamentos e acordo com as indústrias perfazendo o montante de US$ 640 milhões ? disse Florence.

Segundo o ministro, acordos já estão sendo firmados pelo MDA com países africanos.

? Já temos acordos com Gana, com a destinação de US$ 95 milhões, e Zimbábue, de US$ 98 milhões. Outros países também manifestaram interesse em participar do programa. Como é determinação da Presidenta Dilma, estamos acelerando o Mais Alimentos ? aponta.

O encontro contou com a participação de representantes dos governos federal, estadual, instituições multilaterais, empresários e delegações de países africanos como Quênia, Sudão, Zimbábue, Congo e Moçambique. O evento foi promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e  Instituto Lula.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, destacou os investimentos significativos do governo brasileiro e do setor empresarial nacional na África, com base em acordos bilaterais.

? É preciso avançar ainda mais nas áreas de energia, infraestrutura e formação profissional. Firmar essa cooperação é abrir novos mercado, novas oportunidades, adequando as nossas expertises às demandas dos países africanos ? afirmou o empresário.

De acordo com o economista da Febraban, Rubens Sardenberg, os grupos brasileiros começaram a olhar os mercados externos como oportunidades de bons negócios.

? A África é uma grande fronteira para a externalização desses investimentos ? aponta Sardenberg.

Segundo o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, o Produto Interno Bruto (PIB) do continente é US$ 1,7 trilhão e o consumo da população movimenta US$ 900,00.

? São aproximadamente um bilhão de habitantes, com a classe média saltando de 27% para 34% da população. Além disso, 60% das terras aráveis do planeta, e ainda não cultivadas, estão naquele continente. Portanto, a África é uma oportunidade de investimento em obras de infraestrutura, serviços, transferência de tecnologia e capital ? afirma Coutinho.

O presidente da Organização Não Governamental Gain, Jay Naydoo, alertou sobre a importância do enfrentamento da pobreza no continente africano e apontou as políticas brasileiras como um modelo para enfrentar o problema.

? De cada três crianças do mundo, uma passa fome na África, temos que reverter essa situação e o modelo de desenvolvimento social implantado no Brasil nos últimos anos é um exemplo a ser seguido ? disse Naydoo.

Programa

O Mais Alimentos África é uma ação de cooperação do governo brasileiro, com países africanos, fincado em três pilares, viabilização de um pacote de políticas públicas com transferência de conhecimento, custeio de máquinas e equipamentos agrícolas com financiamento Estado a Estado e intermediação com a indústria nacional de maquinários para obtenção de melhores preços e condições para os países africanos.

O financiamento do Mais Alimentos África é abonado pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC). Para a África, o aporte foi de US$ 640 milhões, dos quais US$ 240 milhões, para 2011, e US$ 400 milhões, para 2012. O Brasil já assinou Projeto de Cooperação Técnica (PCT) nesses moldes com Gana e Zimbábue, mas há negociações em andamento para o estabelecimento desse acordo com outros países africanos.

Em Gana, o MDA assinou acordos no valor de US$ 95 milhões para financiamentos de projetos de modernização e infraestrutura produtiva, em que estão incluídas compras de máquinas e implementos agrícolas de fabricação brasileira. As linhas de crédito serão destinados a 171 centros de mecanização para serem implementados pelo governo de Gana.

O objetivo do Mais Alimentos África é fortalecer e modernizar a agricultura familiar em países que possuem potencial agrícola naquele continente, criando condições de valorização do mercado interno e ampliando a geração de empregos e renda.

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