Com o crescimento da agricultura, a venda dos agroquímicos no país aumentou 190% em uma década, e 14 destes produtos que são vendidos no Brasil são suspeitos de causar doenças e estão proibidos de serem comercializados em outros países.
O cultivo da uva no Rio Grande do Sul foi um dos focos do debate na capital gaúcha. Atualmente os produtores utilizam de cinco a 20 aplicações de agroquímicos por safra, o que ainda está dentro da normalidade, mas a ideia discutida durante o encontro é minimizar o uso para evitar um possível embargo no mercado internacional.
— Nós temos tentado capacitar os produtores e técnicos visando a racionalização das aplicações com agrotóxicos. A gente tem monitorado as amostras nas últimas três safras e temos observado que o valor de resíduo encontrado tem ficado abaixo do permitido pela legislação — explica Lucas Garrido, representante da Embrapa Uva e Vinho.
No encontro, Mendes Ribeiro afirmou que vai analisar os pedidos e que trabalhará junto com as entidades na busca de soluções.
— Sabemos as dificuldades em matéria de fiscalização e estamos tentando mudar critérios. Estamos fazendo uma revisão de tudo isso. A rastreabilidade está sendo feita no exame de região por região e isso nos aproxima de um trabalho mais forte na área — diz o ministro.