Os adidos são responsáveis por agilizar as negociações dos produtos agrícolas nacionais em outros países e atuam nas embaixadas do Brasil em Bruxelas (Bélgica), Genebra (Suíça), Buenos Aires (Argentina), Moscou (Rússia), Pretória (África do Sul), Tóquio (Japão) e Washington (Estados Unidos). O posto para representante em Pequim (China) ainda está em fase de seleção.
No encontro com os represetnates do Ministério no exterior, o ministro Mendes Ribeiro Filho ressaltou a necessidade de criar incentivos no Brasil para diferenciar alimentos produzidos de forma sustentável, como os orgânicos, e pediu que os representantes brasileiros do ministério no exterior façam propostas neste sentido a partir de exemplos utilizados ou discutidos em outros países.
– Coloquem a cabeça no Brasil e nos enviem sugestões. Precisamos trabalhar para produzir alimentos cada vez mais saudáveis e incentivar esse tipo de produção no país – afirmou.
O adido que atua na embaixada do Brasil em Moscou, na Rússia, Rinaldo Junqueira de Barros, por exemplo, teve um papel relevante para a reabertura do mercado anunciada nesta quarta, dia 28, após um embargo de um ano e cinco meses a compra de carnes.
– Tivemos uma série de informações, reuniões tensas delicadas. Mas o papel do adido foi sempre manter a porta aberta, o que possibilitou de forma coadjuvante que as reuniões ocorressem na semana passada e demonstram a disposição da Rússia – afirma o adido.
Os sete adidos agrícolas brasileiros estão reunidos em Brasília para avaliar os trabalhos realizados neste ano e projetar 2013. Eles querem ouvir os setores e identificar as necessidades do agronegócio brasileiro.
Para 2013 já estão definidas as prioridades e as estratégias de cada adido. O trabalho está focado no fortalecimento das relações comerciais construídas neste ano com os países e na abertura de novos mercados para os produtos agrícolas brasileiros.
– Nós temos que dar sequência a essa remoção do embargo, que ainda falta a habilitação de estabelecimento, no caso da Rússia. No Japão, precisamos obter deles os requisitos sanitários para exportar carne suína. Precisamos continuar insistindo para que a Coreia do Sul também avance neste campo, pois é uma grande importadora de carne suína. Na União Europeia, temos problemas permanentes, que é o nosso principal mercado junto com a China. A União Européia tem acenado com dificuldade na área de carne de boi e carne suína. Precisamos renovar. E a China, nós temos o processo de escolha do nosso adido, já que o anterior voltou. A China é hoje o maior cliente do agronegócio brasileiro e não podemos ficar sem um adido lá – comenta Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura.