– Chegaremos ao final da safra com as empresas devendo mais (que em 2011/2012) e perspectiva para o ano que vem é com empresas devendo ainda mais. Março de 2014 será o fundo do poço – disse o executivo no seminário da Canaplan, em Ribeirão Preto (SP).
Segundo ele, o crescimento no endividamento do setor ocorrerá porque as margens operacionais foram inferiores às do ano passado e o investimento foi grande, principalmente para a renovação nas lavouras. Na parte industrial, os investimentos foram, segundo Figliolino, para ampliar a capacidade de produzir ou mais açúcar ou mais etanol, aumentando a flexibilidade das usinas.
De acordo com o diretor do Itaú BBA, as empresas do setor que estiverem estruturadas e não deixaram o nível de alavancagem ficar acima do limite “estarão prontas para dar um salto de crescimento” com a melhoria do mercado, prevista para o final da próxima safra.
Apesar do cenário de maior endividamento, Figliolino avalia que o setor ganhou competitividade este ano, com a melhora da cotação do dólar, bem como a liberação da linha de financiamento do Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI) com juros de 2,5% ao ano.
– Essa linha opera milagres, pois muitos anteciparam investimentos – concluiu Figliolino.