A alta reverte uma previsão inicial de queda no endividamento, de 5,68%, para R$ 38,2 bilhões.
— O aumento no endividamento ocorreu por conta dos altos custos e dos investimentos feitos durante o ano — disse ele durante reunião da Canaplan, em Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo.
Conforme o executivo do Itaú BBA – cuja carteira de clientes reúne 42 grupos sucroalcooleiros ou cerca da metade do total processado de cana no país -, 65% das empresas têm um bom perfil de endividamento, com uma dívida de menos de R$ 70 por tonelada de cana, “e estão preparadas para continuar investindo”. No entanto, segundo ele, 18% ainda não se recuperaram da crise de 2008 e 2009, têm um endividamento entre R$ 70 e R$ 100 por tonelada “e estão no purgatório”.
Os 17% restantes são empresas com dívidas acima de R$ 100 por tonelada que “não têm mais saída”, na visão de Figliolino.
— Pode até parecer um volume pequeno, mas essas usinas processam 100 milhões de toneladas por safra, o que corresponde à produção de duas vezes à da Tailândia.
O executivo avalia que a tendência de crescimento na produção de açúcar e etanol no Brasil será por meio da ampliação de usinas, nos chamados projetos brownfields, e detrimento da construção de novas unidades, nos greenfields.
— Os projetos greenfields têm hoje uma taxa interna de retorno inviável, de 6,5%, quando deveriam ser de 15%, que é a taxa dos brownfields — explicou.
Ainda na projeção de Figliolino, a média de preços nas aquisições de usinas em 2011, que ficou em US$ 127 por tonelada processada, será “em um nível bem mais baixo em 2012, se acontecer algum negócio no setor neste ano.”