A sentença proferida pelo juiz determina a Ruppenthal 18 anos de reclusão no regime fechado, no Presídio Estadual de Montenegro, pelos crimes mais graves como a mortandade dos peixes e a poluição do rio. Também mais 12 anos de detenção no regime semi-aberto, no Presídio Estadual de Novo Hamburgo, por crimes como descumprir normas ambientais.
Um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) garante que o engenheiro permaneça em liberdade até que todos os recursos de seu advogado, Nereu Lima, sejam julgados. Lima adianta que irá recorrer da decisão.Ruppenthal protesta contra a sentença.
? Quando houve o evento (a morte de peixes), a Justiça e a Promotoria já afirmavam que alguém seria exemplarmente condenado. O escolhido fui eu. Não sou empresário, era um dirigente de uma entidade sem fins lucrativos e não tive nenhum tipo de vantagem ? defende-se.
O juiz proferiu a sentença que tem um total de 101 páginas impressas, mas não se manifestará até a intimação do réu. O autor das denúncias, o promotor Paulo Eduardo de Almeida Vieira, comemorou o resultado.
? Esta é uma resposta firme, dura e justa, na medida da gravidade dos fatos causados. Esses crimes causaram a maior mortandade de peixes da história do Rio Grande do Sul ? diz.
Ao todo, 20 fatos foram imputados ao réu, sendo um deles a responsabilidade pela mortandade dos peixes. Outros 19 fatos acarretam responsabilidade quanto à poluição causada na época em que ele era diretor da Utresa. Segundo o promotor, a denúncia foi longa e, além da responsabilidade pela morte de peixes, Ruppenthal foi denunciado por causar poluição.