Entenda o que estimula a alta recente do preço da soja na Bolsa de Chicago

Cotações da oleaginosa subiram mais uma vez e atingiram US$ 8,50 por bushel no vencimento para novembro de 2018

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam esta quarta-feira com preços em alta. Segundo a consultoria Safras & Mercado, a ação de especuladores, compra com base em fatores técnicos e operadores aproveitando barganhas, garantiram a leve alta.

Na semana passada, Chicago atingiu o menor nível em 10 anos. A partir daí, os níveis ficaram bastante atrativos para os compradores. Com isso, fundos e especuladores aproveitaram e retornaram à ponta compradora.

“Qualquer informação serviu de pretexto para a postura ofensiva, desde a previsão de chuvas no Meio Oeste, podendo atrasar a colheita até sinais de demanda pela soja americana”, diz o analista Luiz Fernando Gutierrez.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 0,5% a US$ 8,50 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 8,63 por bushel, ganho de 0,46% em relação ao fechamento anterior.

Nos subprodutos, a posição outubro do farelo fechou com ganho de US$ 1,50 (0,48%), sendo negociada a US$ 307,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em outubro fecharam a 28,48 centavos de dólar, com alta de 0,11 centavos ou 0,38%.

Outro ponto destacado pela consultoria é o posicionamento do mercado no final do trimestre, diante do relatório de estoques trimestrais, que será divulgado na sexta-feira (dia 28) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

“A guerra comercial entre Estados Unidos e China não deve ter um desfecho positivo no curto prazo, o que limita qualquer reação. Mas o mercado já começa a reconfigurar o comércio e alguns sinais de demanda aquecida merecem registro. Primeiro, a venda de 670 mil toneladas de soja americana para o México. Depois a perspectiva de renegociação de acordo de livre comércio entre Coreia do Sul e Estados Unidos, outra opção para a oleaginosa americana”, diz o analista.

Para a Safras & Mercado, com a China comprando muita soja no Brasil e na Argentina, os países sul americanos tendem a importar produto dos Estados Unidos para atender suas necessidades internas. Há estimativas que indicam a compra de 2 milhões de toneladas para a Argentina e de 1 milhão de toneladas pelo Brasil até o início da colheita da nova safra no continente.

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