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Entenda por que a safra de soja foi um sucesso e o que ainda é possível melhorar

Após nove meses de trabalho, rodando pelas principais regiões produtoras de soja do país, o consultor técnico Áureo Lantmann traz informações que irão nortear a próxima safra

Sebastião Garcia, de Brasília
Um projeto igual ao Soja Brasil, maior expedição por lavouras de soja do país, não traz apenas conhecimento e palestras aos produtores. Também gera informações técnicas capazes de colaborar com a evolução do setor. Após o encerramento da temporada 2016/2017, os principais pontos observados durante a expedição foram reunidas e documentadas, em um relatório técnico, pelo consultor e agrônomo Aureo Lantmann.

O levantamento é resultado de nove meses de observações em campo, e conta também com um comparativo da evolução da produção de soja no país nos últimos cinco anos, desde a primeira edição do projeto. “Temos observado, principalmente nesta ultima safra, uma disposição maior e um conjunto de ações positivas do agricultor para produzir mais e melhor. De maneira racional, competitiva, não agredindo o ambiente”, diz Lantmenn.

O relatório trouxe a avaliação de alguns pontos importantes desta safra. A primeira retrata uma discussão antiga sobre a qualidade das sementes e que mais uma vez foi a principal reclamação dos produtores. Apesar de algumas sementes de baixa qualidade terem causado o replantio em algumas localidades, o consultor técnico reconhece que o insumo apresentou melhora nesta temporada. “Algumas sementeiras perceberam isso e melhoraram neste quesito. Reciclaram o pessoal, se modernizaram, melhoraram os armazéns para guardar as sementes. Com isso, estão oferecendo semente com pelo menos 90% de vigor, 90% de germinação e mais de 90% de pureza”, garante o consultor.

Veja abaixo o que estas sementes geraram:
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Soja: 30% das sementes plantadas no país são ilegais

A fertilidade dos solos e a adubação também tiveram destaque no relatório técnico. Lantmann, aponta que os agricultores têm usado alternativas para melhorar o uso dos adubos. Tem sido comum também, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte, a prática da adubação a lanço. Outra constatação é o crescimento no uso da rochagem nas lavouras. “Os produtores estão mais atentos ao Manejo Integrado de Pragas (MIP). Um detalhe importante observado é que o número de agricultores que aplicam inseticidas para o controle de percevejos antes da formação de vagens diminuiu no decorrer dos anos”, reitera o especialista.

Técnicas inovadoras não faltaram:
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O relatório também fez um alerta para a perda de eficiência dos fungicidas, principalmente contra a ferrugem asiática.  Além disso, ele ressalta a necessidade de ações integradas para o controle de plantas daninhas como a buva e o capim amargoso. “Percebemos que tendo um clima bom, o conjunto de tecnologias atuais apresenta alto rendimento com um custo de produção competitivo no mercado nacional e internacional. E aliado a disposição do agricultor em adotar isso, né”, conta Lantmann.

A resistência realmente tem preocupado:
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A ideia é que o relatório possa servir de base, inclusive, para o direcionamento de novas pesquisas para a produção de soja no Brasil. “Isso aí é muito rico para os pesquisadores. Inclusive saber como a pesquisa dele está sendo usada, o quê que deu certo, ou não. Isso é uma discussão muito interessante”, explica.

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