– O seguro agrícola, basicamente, continua da mesma forma – diz o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch.
Entidades apontam que o Seguro Rural, o sistema sanitário e a burocracia bancária são alguns dos entraves que impedem o aumento da produção de alimentos no Brasil.
– Setenta por cento dos produtores têm acesso ao crédito. As regiões Norte e Nordeste têm mais dificuldade. É preciso levar em conta as condições de cada setor. É preciso gerar universalização do acesso no país – diz a coordenadora da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Fetraf), Elisangela dos Santos Araújo.
– Nós queremos acompanhar e saber se o que foi anunciado chega lá na ponta. Queremos que os bancos não dificultem e que os produtores possam ter acesso aos financiamentos – alerta Alberto Broch.
O Plano Safra da Agricultura Familiar, anunciado pela presidente Dilma Rousseff, disponibiliza um volume de recursos de R$ 39 bilhões. O Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terá um investimento de R$ 21 bilhões. O Plano Garantia-Safra terá sua cobertura ampliada para 1,2 milhão de famílias. Além disso, o limite por operação do crédito de custeio passará de R$ 80 mil para R$ 100 mil.