Entidades do agronegócio divulgaram notas em que repudiam as invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na segunda-feira (27), em três propriedades da empresa Suzano nos municípios de Caravelas, Mucuri e Teixeira de Freitas, na Bahia.
A Sociedade Rural Brasileira (SRB) manifestou apoio à Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ).
“O gritante crescimento desses movimentos fere o direito à propriedade privada e leva insegurança ao campo, sem contar nas perdas econômicas, freando investimentos e a geração de emprego e renda”, diz a nota da SRB.
“Como mencionado na nota da IBÁ, o setor florestal tem grande importância social e econômica para o país, preservando mais de 6 milhões de hectares em vegetação nativa, cultivando quase 10 milhões de hectares com finalidade econômica e gerando receita de mais de 12 bilhões de dólares em exportações. Esperamos uma resposta rápida das autoridades locais assim como do Governo Federal, a fim de conter esse movimento. Acreditamos que só existe uma maneira para promover justiça social e ela se dá por meio do diálogo e dentro da legalidade”, complementa.
Além da IBÁ e da SRB, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Feab) também se manifestou.
Nesta quarta-feira, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, uma organização que reúne empresas, organizações da sociedade civil e representantes do setor produtivo, também manifestou repúdio à invasão.
A Suzano afirmou, em nota, que as suas áreas “foram invadidas e danificadas ilegalmente” em atos que “violam o direito à propriedade privada e estão sujeitos à adoção de medidas judiciais para reintegrar a posse”.
A empresa, no entanto, disse não ter estimativas sobre eventuais prejuízos causados pelas ações.