Entidades representativas do café querem políticas de garantia de renda ao setor

Baixos preços do grão e altos custos de produção são os principais problemas que atingem a categoriaOs presidentes das entidades representativas do Café se reuniram nesta terça-feira, dia 15, com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Eles querem do governo políticas de garantia de renda ao setor, que sofre com os baixos preços do produto e com os altos custos de produção.

Reunidos por mais de duas horas no Ministério da Agricultura, os representantes da cafeicultura brasileira apresentaram ao ministro Reinhold Stephanes as preocupações do setor.

Eles reclamam da perda de competitividade devido aos baixos preços do café, à desvalorização cambial e ao aumento dos custos de produção.  Eles querem que o governo adote, a exemplo do que fez no ano passado, o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro).

? O Pepro é um instrumento que dá oportunidade de escoar o seu produto no valor muito próximo do seu custo de produção. Então, para o produtor, escoar o produto pelo custo de produção, que no caso é um preço de referência, o governo estaria disposto a dar um prêmio para o produtor ? afirma Breno Mesquita, presidente da Comissão Nacional do Café da CNA.

De acordo com o presidente do Conselho Nacional do Café, Gilson Ximenes, o Ministério da Agricultura está disposto a ajudar, mas nenhuma definição por enquanto foi tomada.

? Precisa de uma ação governamental e nós esperamos que essa decisão seja realizada.

No ano passado, foram realizados dois leilões, em que em um, o prêmio foi de R$ 40 e no outro foi de R$ 30. Em ambos, o preço de referência da saca de 60 kg Café Arábica, Tipo 6, ficou em R$ 260. Todos as cinco milhões de sacas ofertadas foram vendidas. Só que este ano, com o aumento dos insumos e do preço da mão-de-obra os produtores querem mais recursos para cobrir os gastos, que devem ficar acima de R$ 280.