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Entidades do setor de etanol divulgam carta para contestar presidente da Opep

Documento, assinado pela brasileira Unica, diz que cartel do petróleo está ameaçado pela concorrência com os biocombustíveisEm uma carta publicada na edição desta quarta-feira, dia 16, do jornal britânico Financial Times, o setor de etanol rebateu críticas do presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Khalil, aos biocombustíveis. O documento contesta a tese de que a produção de álcool tenha influência sobre a alta dos preços do barril de petróleo.

O texto é assinado pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Associação dos Combustíveis Renováveis do Canadá (CRFA), Associação de Etanol Combustível da Europa (eBIO) e Associação dos Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos. As entidades consideram enganosa a tese de Chakib Khalil.

De acordo com as organizações, os biocombustíveis lideram o que chamam de ruptura de domínio da Opep sobre o futuro da energia mundial. Na carta, afirmam concluir que o cartel do petróleo entende que a competição com os combustíveis alternativos é uma ameaça.

A carta acusa a Opep de impedir por meio de manipulações de preços a escalada na produção de biocombustíveis. Diz ainda que o domínio do petróleo está enfraquecido, mas que, apesar disso, por causa dos preços em alta do produto, o cartel vai faturar neste ano US$ 1,2 trilhão. E conclui ponderando que talvez a hora da Opep enfrentar a concorrência tenha chegado.

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