As entregas de fertilizantes aos produtores brasileiros totalizaram 34,44 milhões de toneladas no acumulado de 2017. Os dados foram divulgados pelO Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas (Siacesp) e pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
Segundo a consultoria americana INTL FCStone, o dado representou um avanço de 1% em relação à 2016 e tornou-se o maior volume de fertilizantes destinado aos produtores do país em toda a série histórica
A empresa ressalta que cerca de 34% destas entregas se concentraram no terceiro trimestre do ano passado, já que produtores estavam focados nas compras para o cultivo da soja 2017/2018. “Com as boas expectativas para o ciclo atual da oleaginosa, 11,66 milhões de toneladas de adubo foram vendidas entre julho e setembro de 2017, aumento de 3,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior”, explica o analista Fábio Rezende.
Especificamente o estado de Mato Grosso mais uma vez se destacou como o principal recebedor de fertilizantes no ano passado. Entre janeiro e dezembro, aproximadamente 6,79 milhões de toneladas foram destinadas aos produtores mato-grossenses, o que representa 19,7% do total do país.
São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná também foram destaque no cenário nacional. No último ano, produtores paulistas receberam 4,27 milhões de toneladas, 6,2% a mais que o acumulado de 2016. Enquanto produtores gaúchos aumentaram em 1,2% as suas compras no período, para 4,24 milhões de toneladas, os paranaenses observaram um recuo de 5,3% nos recebimentos, para 4,10 milhões de toneladas.
Entregas por nutrientes
Os três principais nutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) apresentaram aumento nas entregas. Os nitrogenados totalizaram 4,38 milhões de toneladas, um leve avanço de 0,3% na comparação anual. Os fosfatados tiveram o maior aumento, de 3,0%, para 5,13 milhões de toneladas, seguidos dos fertilizantes potássicos, que somaram 5,85 milhões de toneladas, com alta de 1,9%.
Apesar dos aumentos, a fórmula média de 2017 contou com uma redução de 0,8% na participação do nitrogênio, para 12,71%. O P2O5 e o K2O seguiram em tendência oposta, com participações de 14,9% (+1,8%) e 17,0% (+1,1%), respectivamente.