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Epagri implanta experimentos de forrageiras em Santa Catarina

Objetivo é obter maior produtividade e qualidade sem perder rendimento no invernoA Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), através da Estação Experimental de Lages (EEL), implantou um experimento de melhoramento de campo com algumas cultivares ainda não utilizadas em pastagens na Serra Catarinense e mesmo no Brasil. O experimento, denominado Rendimento de um Campo Nativo Melhorado com Espécies Anuais de Inverno de Ciclo Longo e de Alta Resistência a Baixas Temperaturas, foi implantado na Fazenda Cajurú, em Lages (SC).

O objetivo é testar novas espécies e cultivares de forrageiras, que estão sendo avaliadas pela Epagri/EEL, em melhoramento de pastagens naturais com a finalidade de se obter maior produtividade e qualidade, sem perder rendimento de produção significativo nos meses de outono e inverno. Para isso, além de espécies tradicionais que já vinham sendo já recomendadas, foram utilizadas azevém-anual cv. KLm 138; festuca cv. Rizomat e Lotus tenuis cv. Larranaga.

A metodologia do Projeto estabelece que em todos os anos na segunda quinzena de março serão introduzidas gramíneas anuais de alta resistência ao frio e com capacidade de produzir no inverno, como aveia-branca cv. Fapa 2, centeio cv. BRS Serrano e mesmo reposição de azevém-anual cv. KLm 138 se houver necessidade.

A área total do experimento é de 7,5 hectares, que será subdivido em sete piquetes com cerca eletrificada. A produtividade de peso vivo e de matéria seca por hectare será dimensionada através da pesagem dos animais e corte da pastagem isolada por gaiolas a cada 28 dias.

O ensaio faz parte do Projeto Produção Sustentável de Ruminantes em Agroecossistemas Diversificados no Sul do Brasil, financiado com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coordenado pelo professor Fernando Luiz Ferreira de Quadros da Universidade Federal de Santa Maria.

Espécies

A KLm 138 é uma cultivar de azevém-anual, tipo italiano, tetraplóide, de ciclo extremamente longo, podendo produzir até janeiro ou fevereiro em altitudes médias, em torno de 900 a mil metros, podendo persistir a um segundo ano dependendo das condições climáticas, especialmente chuvas bem distribuídas no verão. Em altitudes maiores tende a se tornar perene e persistir por vários anos. Por possuírem maior requerimento de frio para florescimento os seus perfilhos se mantém em estado vegetativo. Nos ensaios que a Epagri/EEL vem conduzindo é o azevém-anual de ciclo mais longo e de maior produção de matéria seca.

A festuca cv. Rizomat tem como características principais a rusticidade e a alta persistência. É resultante de 40 anos de seleção natural no Uruguai. Possui floração tardia. Pelo fato de ser rizomatosa permite melhor cobertura de solo, pastoreios mais intensos e implantação mais rápida que as demais festucas. Indicada para consórcio com leguminosas. Devido ao enraizamento profundo e robusto é tolerante a secas e calor excessivo. Suporta bem solos úmidos, geada intensas e ataque de insetos.

E o Lotus tenuis, também conhecido como cornichão Larranaga, é uma planta de porte prostrado, adapta-se a ambiente úmidos e ladeiras bem drenadas, cresce no outono e na primavera etolera baixas temperaturas. Resistente ao pastoreio, persiste muito tempo na pastagem, possui boa capacidade de ressemeadura natural. Indicado para melhoramento de campo nativo.

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