Escoamento de milho do Centro-Oeste pode prejudicar produtores da Bahia

De acordo com a Aiba, além da limitação do mercado interno, o agricultor baiano passará a enfrentar as barreiras logísticas de exportação, para escoar sua produçãoO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no dia 13 de março, a Portaria Interministerial nº 222 que determinava a disponibilização dos estoques governamentais reguladores de milho para oferta ao mercado interno. Como o principal destino do milho produzido no Oeste da Bahia é o Nordeste, a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) solicitou ao Ministério a exclusão deste destino dos leilões.

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Segundo a Aiba, a ação realizada pela entidade tinha o objetivo de garantir fluência na comercialização do milho produzido na Bahia, mas, na última terça, dia 8, o Ministério da Agricultura lançou um edital contemplando a comercialização de 25 mil toneladas do produto, com origem do Mato Grosso, para atender a todo o país, inclusive o mercado nordestino.

– Nós nos antecipamos aos fatos, mas não fomos atendidos. Esta ação do Ministério prejudicará diretamente a comercialização do Milho produzido em regiões com o Oeste da Bahia e o Piauí – disse Júlio Cézar Busato, presidente da Aiba.

Na safra 2013/2014, o oeste da Bahia deverá produzir cerca de 2,3 milhões de toneladas, sendo que a maior parte terá que ser exportada diante da medida do Ministério. De acordo com a Aiba, além da limitação do mercado interno, o agricultor baiano passará a enfrentar as barreiras logísticas de exportação, para escoar sua produção.

• Veja a entrevista com o diretor de Relações Institucionais da Aiba, Ivanir Maia:

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