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Escola é a oportunidade de superação para crianças pobres

Para muitas delas o presente mais importante é um simples prato de comidaA semana da criança serve para refletir a situação que muitas de nossas crianças vivem pelo país. Para muitas delas o presente mais importante é um simples prato de comida. Muitas crianças do semiárido nordestino, apesar das dificuldades, lutam para sobreviver e vêem na escola, uma oportunidade de superação.

Mais que brinquedos, as crianças pedem comida. Eles precisam de comida. Muitas vezes andam vários quilômetros a pé para não deixar de estudar. Não sabem o que é brincar, nem possuem brinquedos. O Dia da Criança, não tem um significado maior.

No sertão pernambucano as oportunidades são escassas e no mês das crianças a situação fica ainda mais difícil, pois coincide com a estiagem. Falta água e até comida. Muitas vezes, a única alternativa para estas crianças é a escola.

A secretária escolar Helenilda de Amorim Gomes conta que neste período é maior o numero de crianças que comparecem na escola por conta da merenda. As estruturas são simples mas os professores se dedicam para tentar reparar as desigualdades e lutar contra a fome e a pobreza.

Esta é a pior época do ano para os produtores da área de sequeiro. Mas mesmo com as dificuldades, encontramos crianças que buscam melhorar de vida e que pensam mais na situação dos pais, que na própria infância. A estudante de 11 anos, Emanuelle Menezes Lima diz que o presente que gostaria de ganhar é um emprego para poder ajudar os pais.

E a vida dela é como a dos demais alunos da escola. Ela precisa andar vários quilômetros do ponto de ônibus até a sua casa. Ajuda a mãe e o pai com as atividades e pouco sobra para brincar.

Ela não tem muitos brinquedos e a maneira de se divertir é com os livros da escola. Está sempre folheando um livro, num canto ou outro. E o maior sonho dela é ganhar um computador.

Mas esse é um sonho que ainda não está perto de se realizar. A família vive com dificuldades, que neste período aumentam ainda mais. O produtor Aurélio Maurílio dos Santos Lima diz que é um tempo difícil e que precisa tirar da família para poder alimentar os animais.

Mais que brinquedos, estas crianças lutam pela sobrevivência e não sobra muito tempo para comemorar o dia 12 de outubro. Longe do universo lúdico, a alternativa que elas encontram, ainda está na educação. Mas mesmo sem idade para assumir as responsabilidades de um adulto, e ela já sabe como mudar a situação, sabe que o estudo é o que faz a vida melhorar.

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