Escolas de formação de juízes poderão capacitar magistrados para atuarem em conflitos agrários

Decisão foi tomada depois de uma recomendação do CNJ para agilizar julgamento de açõesO presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, reconheceu que a justiça tem uma parcela de culpa pelos conflitos no campo. Isso por causa da demora em analisar ações fundiárias no país. Para dar rapidez e eficiência à solução desses conflitos, o Conselho Nacional de Justiça criou um fórum específico, e recomendou que as escolas de formação de magistrados promovam cursos de direito agrário para juízes e integrantes do Ministério Público.

? Na legislação que cuida dos conflitos agrários, nós temos especificidades que devem ser salientadas e atualizadas junto aos juízos. Com um número enorme de leis que temos, é natural que um aprimoramento sobre assuntos específicos propiciará maior segurança e maior velocidade na tramitação dessas ações naquilo que depender da condução de juízes ? disse o conselheiro do CNJ, Antônio Humberto de Souza Junior.

Outra novidade é que a partir de agora o judiciário brasileiro vai controlar os processos, por meio de uma tabela unificada de assuntos. Isso vai permitir, por exemplo, saber quantas ações sobre conflitos agrários foram julgadas em um ano. O Conselho Nacional de Justiça reforça que as medidas pretendem resolver conflitos no campo, sem privilegiar nenhuma das partes.

? A recomendação não tem um viés ideológico de procurar favorecer uma categoria de proprietários ou categoria de posseiro ou pessoas que trabalham na terra. A ideia é pacificar o campo ? acrescentou o conselheiro do CNJ.