Em comum entre os municípios destacados no levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, está o pequeno ou médio porte dos locais, foco em disciplinas diferenciadas e maior participação das comunidades.
– A grande diferença entre as escolas urbanas e rurais está no entorno. Tendo maior tranquilidade, a tendência é que se consiga exercer o trabalho de uma forma mais efetiva – avalia a doutora em Educação e professora da faculdade de Educação da PUC Helena Sporleder Côrtes.
Sem os obstáculos que o ensino enfrenta nas áreas urbanas, como número excessivo de alunos, professores sobrecarregados e problemas externos que adentram o portão das instituições, as escolas rurais têm vantagens.
Os professores, mesmo atendendo a alunos de séries diferentes em uma mesma sala de aula, dedicam-se ao ensino, não se preocupam tanto com problemas de segurança ou questões como drogas. Os pais se envolvem mais na educação dos filhos, têm mais tempo para estarem presentes na escola e colaboram com as atividades.
– Há um acompanhamento maior dos pais numa tentativa de qualificar muito mais a geração seguinte do que a sua – amplia Helena.
A aprovação máxima, recorde em muitos municípios, também é justificada pelos secretários de Educação municipais pela pequena quantidade de alunos, o que garante uma atenção maior do professor.
Mas o Interior quer ainda mais qualidade: investe em aulas no turno inverso, atividades de dança e esporte, cooperativas escolares e viagens para envolver ainda mais os alunos, garantindo a continuidade dos bons índices de aproveitamento já conquistados.
*Colaborou Marielise Ferreira