O diretor da Guedes, Bernardo, Imamura & Associados Consultoria Internacional Ltda., Marcos Imamura, diz que o fato de Azevêdo estar entre os finalistas na disputa demonstra o interesse brasileiro em se estabelecer como liderança no cenário externo.
– A indicação do embaixador Roberto Azevêdo demonstra novamente o interesse do país em se estabelecer como liderança consolidada nas organizações internacionais, da mesma forma que o país busca obter seu assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas – disse.
Para ele, a possibilidade de o embaixador ser eleito representa a posição de destaque do Brasil. Na avaliação de Imamura, uma eventual derrota também trará consequências.
– Entretanto, não se pode deixar de considerar que a própria defesa do candidato brasileiro e a busca por consenso ao redor de seu nome envolvem negociações com os demais membros da OMC e que uma eventual derrota do embaixador Azevêdo não deixa de ter seus custos políticos – disse.
A escolha do novo diretor-geral da OMC é feita quando um nome obtiver mais apoio entre os integrantes da organização. O processo do diretor-geral é conduzido de tal maneira que se obtenha um nome de consenso. Não há voto. A escolha será em três etapas. Cada um dos 159 países que integram o órgão vota em quatro nomes.
Desde o lançamento de sua candidatura, em 28 de dezembro de 2012, Azevêdo foi a 46 países-membros da organização para apresentar suas propostas. Ele esteve na América do Sul e na Europa, na América Central, no Caribe e na África, assim como na Ásia, na América do Norte e no Oriente Médio.