Apesar da desaceleração, o volume do esmagamento agregado do primeiro quadrimestre deste ano foi de 3,03 milhões de toneladas, número recorde para o período.
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Segundo o relatório do Imea, o volume esmagado no estado historicamente tem crescido nos cinco primeiros meses do ano, apresentando desaceleração a partir de junho, quando a oferta do grão de soja é menor no mercado. O recuo no esmagamento de abril em relação a março tem como um dos fatores a demanda menos aquecida no último mês.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontou também que os valores do farelo têm caído no mercado interno, pressionados pela demanda enfraquecida. Nesse cenário, representantes de indústrias consultadas pelo Cepea afirmam registrar receita agregada menor. Indústrias esmagadoras, além de se mostrarem abastecidas, pressionam os valores do grão alegando menor receita com a venda de derivados.
Cotações
O preço interno da soja apresentou recuo de 0,99% na última semana, fechando com cotação média de R$ 50,78/sc. A queda deve-se, principalmente, às perdas registradas na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato para julho/15 na CBOT registrou desvalorização semanal de 1,75%. Durante a semana, o dólar apresentou fortes altas nos pregões, levando os fundos de investimentos a saírem de suas posições de soja e comprarem dólar.
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O prêmio para junho/15 no porto de Paranaguá registrou avanço de 3,59% na semana passada, fechando a US$ 0,63/bushel. A queda do contrato mais curto na CBOT forçou a alta do prêmio. O ponto de equilíbrio para o cultivo da soja na safra 15/16 fechou em R$ 44,77/sc, avançando 13,63% em relação à semana anterior.