Quarto dia de dicas e agora a entidade ressalta os pontos de atenção que os produtores precisam ter com as ervas invasoras
Faltando ainda mais da metade da área de 36,3 milhões de hectares, para para ser plantada com soja no país, a Embrapa preparou, a pedido do Projeto Soja Brasil, um manual completo com dicas para garantir uma boa safra. A ideia é trazer dicas para que o sojicultor se prepare e consiga ter uma temporada ainda melhor que as anteriores.
Todos os dias desta semana, o Projeto Soja Brasil divulgará um tópico diferente deste documento, desde os cuidados com o solo, métodos de plantio, combate à pragas, doenças e ervas daninhas, até chegar os cuidados com a colheita.
Confira abaixo as 16 dicas:
1 – As invasoras competem com a soja por água, luz e nutrientes, podendo, ainda, ser hospedeiras de pragas e doenças.
2 – A fase mais crítica da competição situa-se da emergência ao fechamento do dossel.
3 – Além de usar herbicidas, valer-se de tratos culturais (época semeadura, cultivares, espaçamento/densidade, cobertura do solo, entre outros).
4 – Evitar que sementes de invasoras estejam presentes nos fertilizantes ou nas sementes da soja.
5 – O manejo das plantas daninhas na cultura da soja começa na entressafra, principalmente na dessecação em pré-semeadura.
6 – Dessecar a vegetação da área onde será estabelecida a futura lavoura com a devida antecipação ao plantio. Isso será benéfico não para as plantas daninhas, mas também para pragas subterrâneas (corós, percevejo castanho, entre outros).
7 – Semear a soja somente quando a vegetação estiver dessecada completamente.
8 – Cultivares de soja com crescimento inicial mais rápido são menos prejudicadas pelas invasoras.
9 – Utilização do Plantio Direto com formação de abundante palhada inibe o desenvolvimento das invasoras.
10 – Rotação de culturas favorece ou desfavorece diferentes espécies de invasoras. Informar-se sobre quais fazem o quê.
11 – Cultura de cobertura, cultivo de milheto, aveia ou azevém na entressafra da soja são eficientes na supressão das invasoras.
12 – Existem palhadas com efeito alelopático sobre algumas espécies de invasoras. Informe-se.
13 – Monitoramento das áreas é fundamental para um bom planejamento de controle de invasoras.
14 – O uso de um único herbicida, ou de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação, resulta em seleção de plantas resistentes, o que dificulta o controle e o torna mais oneroso.
15 – Rotação e diversificação de herbicidas utilizados no controle químico são fundamentais no manejo da resistência.
16 – Umidade baixa (menos de 60%), temperatura alta (superior a 30°C), e vento prejudicam a ação dos herbicidas.