Neste terceiro dia, a entidade destaca os cuidados que o produtor precisa ter com estes três pontos importantes para garantir boa produtividade
Faltando ainda mais da metade da área de 36,3 milhões de hectares, para para ser plantada com soja no país, a Embrapa preparou, a pedido do Projeto Soja Brasil, um manual completo com dicas para garantir uma boa safra. A ideia é trazer dicas para que o sojicultor se prepare e consiga ter uma temporada ainda melhor que as anteriores.
Todos os dias desta semana, o Projeto Soja Brasil divulgará um tópico diferente deste documento, desde os cuidados com o solo, métodos de plantio, combate à pragas, doenças e ervas daninhas, até chegar os cuidados com a colheita.
Veja abaixo os 16 dicas:
1 – Previamente à semeadura da nova safra de soja proceder à análise química do solo para conhecer suas necessidades nutricionais. Coletar várias amostras a 20 cm de profundidade, em vários pontos do talhão, mistura-las e retirar a amostra que será encaminhada para análise em laboratório credenciado.
2 – Adubar a lavoura obedecendo as indicações da análise química do solo.
3 – Disponibilizar o fertilizante no sulco de plantio seria o mais recomendado, mas muitos produtores preferem aplicá-lo a lanço por ser menos trabalhoso, mas demanda maiores quantidades.
4 – Atentar para a necessidade de outros nutrientes apontado pela análise do solo, além dos tradicionais P e K.
5 – Reforçar a quantidade de fertilizante, na eventualidade de o produtor buscar produtividades mais elevadas.
6 – A diagnose foliar permite conhecer as deficiências nutricionais das plantas em desenvolvimento.
7 – O Nitrogênio será fornecido gratuita e integralmente pelo N biológico captado do ar atmosférico, via Fixação Biológica (FBN) realizado por bactérias específicas (Rizóbios).
8 – Cuidado com inoculantes vencidos, mal armazenados ou de má procedência (registro no MAPA). Podem não conter bactérias vivas.
9 – Quando a inoculação é feita na propriedade, realiza-la à sombra e semear imediatamente. Evitar contato direto da semente inoculada com o sol.
10 – Mesmo cientes da existência de rizóbios no solo é aconselhável repetir a inoculação anualmente, dado o seu baixo custo e os altos retornos em contraste com o custo do N mineral.
11 – Estima-se economia de R$ 20 bilhões anuais no Brasil com o uso do inoculante biológico, no lugar do fertilizante nitrogenado.
12 – É errado acreditar ser necessário utilizar pequenas doses de N mineral ao inoculante, porque a inoculação não seria suficiente para a obtenção de altas produtividades (5 t/ha, por exemplo).
13 – É verdade que a adição um pouco de fertilizante nitrogenado mineral acelera o desenvolvimento inicial e deixa as folhas mais escuras, mas não acrescenta rendimento. Portanto, é inútil.
14 – Além da inoculação com rizóbios, coinocular com Azospirillum, uma bactéria promotora do crescimento das raízes.
15 – Assegurar-se de que o inoculante adquirido é de boa procedência e está válido e ativo. Ter muito cuidado sobre a exposição das sementes inoculadas ao sol.
16 – Evitar guardar o inoculante de um ano para o outro.