Segundo James, a biotecnologia não é uma panaceia, mas pode ser uma ferramenta muito importante à disposição da ciência para encarar os desafios alimentares atuais e futuros. Durante a palestra, o especialista britânico vai apresentar a evolução das culturas GM no mundo de 1996 a 2009.
Em 2009, 14 milhões de agricultores de 25 países contribuíram para que a área global plantada com culturas transgênicas ultrapassasse 134 milhões de hectares, representando um crescimento de 7% em relação a 2008, ou seja, nove milhões de hectares. O Brasil aparece em segundo lugar no ranking mundial, com 21,4 milhões de hectares, atrás apenas dos Estados Unidos que possui 64 milhões.
Nos países em desenvolvimento, a área plantada com produtos transgênicos cresceu 46% nesses 13 anos e espera-se que supere 50% em 2015.
Para o presidente do ISAAA, os principais impactos da biotecnologia na agricultura são: aumento da produtividade; proteção da biodiversidade; desenvolvimento de produtos para atender as mudanças climáticas e benefícios socioeconômicos.
Para que o crescimento da biotecnologia agrícola se mantenha contínuo nos próximos cinco anos, e extremamente importante que os países invistam no estabelecimento de sistemas de regulação eficientes e na melhoria da comunicação com a sociedade sobre o potencial da biotecnologia para o desenvolvimento sustentável.
A palestra “Visão global das lavouras GM e perspectivas futuras” do presidente do ISAAA, Clive James, acontece no dia 3 de agosto de 2010 no auditório Assis Roberto De Bem da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em frente à Câmara Legislativa do DF.