A integração bilateral será tema de um seminário que o Gesel promove no Rio, na próxima segunda, dia 26, e na terça, 27, reunindo autoridades do setor elétrico dos dois países.
? Para a Bolívia ter acesso ao nosso conhecimento, à experiência, a financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que empresas venham a atuar lado a lado, principalmente a Eletrobras, essa questão do tratado vai ser discutida ? analisou Castro, em entrevista à Agência Brasil.
O Brasil já assinou com a Bolívia um tratado que permite a importação diária de até 30 milhões de metros cúbicos de gás natural. Castro ressaltou que para o Brasil é importante que os vizinhos tenham economias estabilizadas.
? Um dos fatores para você ter uma economia estabilizada, em desenvolvimento, é ter energia elétrica boa e barata. E, hoje, a quase totalidade da América Latina não tem energia boa e barata ? avaliou.
Por isso, ele aposta na integração energética feita por meio da troca de experiências e da possibilidade de investimento de um país no outro.
? Nós acabamos dando condições para que esses países alterem as suas matrizes que hoje são nitidamente em cima de gás e petróleo, o que é caro e poluidor, e caminhem na direção de uma matriz hidrelétrica, em que a energia é renovável, limpa e barata. E o Brasil tem condições de apoiar isso ? explicou.
O modelo brasileiro despertou o interesse de autoridades bolivianas, que participaram, no mês passado, de curso ministrado por professores do Gesel naquele país.