? Na minha percepção, não acontecerá nada. Será, dentro de uma diplomacia cavalheiresca, escolhida uma nova data para tratar do assunto ? criticou, em entrevista ao Mercado e Companhia, nesta quarta-feira, dia 23.
Rodrigues afirmou que a conferência realizada em Genebra pode até propor algo, mas não tem poder para deliberar em relação à abertura do comércio global. Ele ressaltou, porém, que até o momento não foi apresentado nada de claro e consistente.
? Só tem sabão para as pessoas escorregarem, casca de banana – avaliou.
Ele citou como exemplo a proposta feita pelos Estados Unidos e apresentada pela representante americana Susan Schwab, de limitar a concessão de subsídios aos agricultores do país a US$ 15 bilhões de dólares. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, considerou uma boa tentativa, mas insuficiente.
Gilman Viana Rodrigues acrescentou que o governo dos Estados Unidos está pressionado por parlamentares da Comissão de Agricultura americana, que já sinalizaram não aceitar um acordo que implique redução dos incentivos. Por isso, apresentam na OMC propostas que, segundo o secretário mineiro, não abrem possibilidade de negociação.
? Na mesa comercial, isso se chama cinismo. Na mesa de negociação, deve ter um nome mais delicado ? acrescentou.