A lei brasileira é a mais exigente do mundo, garantem os palestrantes. No painel, realizado na casa do Grupo RBS, eles mostraram como as regras do Código Florestal representam um avanço maior do que o de outros países.
? No caso da soja, nós já somos os mais sustentáveis do mundo. Mas a melhoria contínua na questão ambiental, na questão social, na questão econômica principalmente, vai ser sempre um objetivo da Aprosoja e do sojicultor. E a Aprosoja com o programa Soja Plus ,está trazendo justamente isso, cada dia mais, gestão para a propriedade: gestão ambiental, gestão social e gestão econômica ? disse Ocimar Vivella,superintendente do Instituto para o Agronegócio Responsável.
O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, acredita que, apesar que enxergarem o Brasil como uma ovelha negra, somos o país mais sustentável.
? Hoje, quando se fala em sustentabilidade, parece que somos a ovelha negra, mas nós somos os mais sustentáveis. O que está faltando é a gente poder comunicar isso bem de forma correta. Por exemplo, quem é que produz soja como nós, que tem reserva legal, que tem APP, tem plantio direto, tem coleta de embalagens? Ninguém faz coleta de embalagens como nós no Brasil e ninguém faz plantio direto como nós. Quer dizer, a nossa agricultura dentro da porteira é a mais sustentável do mundo. O grande problema que nós estamos tendo o maior desafio fora da porteira ? frisou Glauber Silveira.
É para este público que estão voltadas as atenções de campanhas como a “Sou Agro”. A iniciativa, que tem como alvo a população urbana, pretende diminuir a distância entre o campo e a cidade.
? É um marco histórico na comunicação do setor, que ao longo do tempo foi muito bom em falar para dentro de casa, para dentro do seu público, mas que falhou na comunicação com o público externo. Isso criou ao longo do tempo uma visão estereotipada em relação à atividade agrícola, ou aquele estereótipo do ‘jeca tatu’, ou em um outro extremo, o grande produtor com links inadequados, com temas como desmatamento. A gente está tendo a oportunidade de pontuar para o cidadão urbano, resgatar estes valores da nossa atividade, realmente a valorização do homem do campo com compromisso com a verdade em relação àquilo que nós fazemos efetivamente ? declarou Antônio Carlos Costa, coordenador do Movimento Agro.
Para o diretor de assuntos corporativos e sustentabilidade da Bunge, Adalgiso Telles, “lá fora existem outras razões, existe muita desinformação que normalmente é amparada por duas questões básicas, uma questão ideológica que não tem sustentação técnica e muitos interesses comerciais de criar barreiras não tarifárias”.
? Depois que a gente arrumar a casa, vamos fazer uma campanha em nível internacional ? conclui Telles.