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Especialistas apontam momento de incertezas no mercado de açúcar

Segundo corretores e analistas, não se pode prever tendências em relação aos preços do produtoCorretores e analistas de mercado apontam que o mercado internacional de açúcar vive um momento de incerteza, com os negociadores evitando se posicionar em torno de uma expectativa de alta ou de baixa de preços. O contrato maio na Bolsa de Nova York tem variado entre US$ 0,24 e US$ 0,26 por libra-peso. Para o diretor da Job Economia, Julio Maria Borges, os preços ainda são bons, mas é difícil identificar uma tendência. De um lado, há estoques relativamente baixos e as projeções para a safra bras

– O mercado está precificando incerteza. Ele não sabe para onde vai. Vamos imaginar os próximos meses. Até o último trimestre do ano, acredito que a safra brasileira vai pesar bastante. As revisões de safra que a gente observa estão com viés de baixa – aponta.

De outro lado, a produção mundial se recupera. Segundo Borges, a safra mundial 2011/2012 gerou um excedente em torno de oito milhões de toneladas. De acordo com os resultados da safra 2012/2013, que começa entre setembro e outubro, pode haver pressão de baixa.

– Se ela mantiver um excedente da ordem de cinco a oito milhões de toneladas, os estoques mundiais vão se recuperar e aí é uma situação muito mais confortável para o comprador final de açúcar. Imaginar uma próxima safra com excesso de oferta é razoável com esse nível de preço – diz.

A pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) Heloísa Burnquist afirma que o momento é de indecisão, o que afeta também o mercado interno, com movimento associado ao que acontece no mercado internacional. De acordo com ela, o olhar está sobre o Brasil que, além de ter uma expectativa de baixo crescimento, está com a safra atrasada.

– Vamos aguardar pelo menos um mês após o início da safra, que é quando aparece açúcar branco no mercado e aí acho que dá para sentir como o preço, qual seria o possível patamar, tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Aí eu diria por um período não mais que três meses – opina.

O corretor da Athenas/União Rafael Nemes relara que a corretora onde trabalha negocia por ano entre 500 mil e 600 mil toneladas de açúcar. A empresa intermedeia relações entre usinas e clientes. Diante de toda essa incerteza, ele diz que não há o que fazer a não ser esperar uma definição melhor.

– Como eu posso me posicionar com uma oferta comprada para meados de julho ou para uma tela futura de contrato de outubro sendo que não sabemos a definição correta da nossa safra? É cautela. Não tomar posição e fazer contratos de hedge de longo prazo. Não pensar nesse momento ainda no longo prazo – diz.

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