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Especialistas debatem dificuldades no controle de pragas, doenças e plantas daninhas nas lavouras durante Seminário da Cooplantio

Para participantes da discussão, a falta de conhecimento técnico sobre esses problemas está atrapalhando a eficácia do controleInovações no Manejo de Pragas, Doenças e Plantas Daninhas foi tema de mais um debate realizado nesta terça, dia 4, no 28º Seminário da Cooplantio em Gramado (RS). Os agrônomos e professores Ricardo Balardin e Mario Bianchi, além do gestor de marketing e serviços da Cooplantio, Dirceu Gassen, expuseram as principais doenças e pragas que afetam as lavouras de grãos e algumas formas de tentar controlá-las. Todos alertaram, porém, que para melhorar o controle é necessário que haja um maior conhecime

Dirceu Gassen abordou o problema de insetos/pragas nas lavouras. Para ele, é necessário pensar como uma planta e como uma praga para entender a lógica da doença e assim evitá-la. Mas isso não pode ser feito se não há pesquisa sobre isso.

O grande problema, segundo Gassen, é que hoje não há pessoas no Brasil pesquisando sobre populações de lagartas ou de percevejos. E sem isso não há como saber se as populações são as mesmas em regiões diferentes e se para controlá-las usam-se os mesmos métodos.

– Não temos pessoas nem sequer para identificar novas lagartas – diz Gassen ao citar o problema da lagarta Helicoverpa armigera, nova espécie que está causando grandes prejuízos nas lavouras de soja e algodão da Bahia.

Em sua explanação, Ricardo Balardin mostrou o cenário da ferrugem asiática em 2012 e as condições ambientes favoráveis para a incidência da doença. Ele pontuou os erros cometidos no controle da praga, como os atrasos nas aplicações de fungicida, e frisou que é necessário haver uma melhor qualificação dos técnicos que trabalham com produção de grãos e controle de pragas.

– Nós estamos com um grau de amadorismo na tomada de decisões muito grande. E não estou chamando atenção dos produtores, estou chamando a atenção de meus colegas técnicos. Temos que elevar o nível das tomadas de decisões. Senão vai ficar tudo no “chutômetro” e no “achômetro”. Os fungicidas entregam apenas o que podem. Se manejados de maneira correta irão controlar as doenças – comentou Balardin.

O agrônomo pontuou ainda as diferenças na incidência das pragas de uma variedade de cultivar para outra. Segundo ele, o ambiente e a sensibilidade varietal influenciam na performance dos fungicidas.

Plantas daninhas

Já para o controle de plantas daninhas como buva e azevém, o agrônomo Mario Bianchi destacou que é necessário fazer o controle como um todo e não apenas de parte do problema.

– Eu não vejo o controle das plantas daninhas se não olharmos para o todo. O importante é olhar para o sistema de cada um e olhar as oportunidades para controlá-las.

Segundo Bianchi, todo herbicida é eficaz em planta daninha pequena, mas sua eficácia diminui conforme a planta aumenta. Se a planta for grande, é necessário fazer um manejo diferenciado para o controle.

– A meta é controlar as plantas daninhas pequenas. Para as plantas grandes, é necessário fazer a aplicação sequencial de herbicidas – alertou Bianchi, para quem, ainda, é importante fazer a dessecação e semear no limpo.

– Vale a pena fazer uma boa dessecação – afirmou o agrônomo.

O 28º Seminário Cooplantio segue até esta quarta, dia 5. Acompanhe a programação completa.

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