No último dia do encontro promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, representantes do Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e FMI afirmaram que a crise mundial é longa e profunda.
? O problema é de natureza mais profunda, porque ele envolve insolvência das estruturas patrimoniais ? disse o vice-presidente do BID, Otaviano Canuto.
Na opinião dos especialistas, chegou o momento de repensar a atuação das chamadas instituições financeiras multilaterais, que fomentam políticas públicas dos países.
? Essa crise criou uma oportunidade para que haja substituição permanente do G7 pelo G20 como principal foro presidencial para assuntos internacionais. Então o primeiro objetivo que o Brasil e os países em desenvolvimento devem ter é garantir que o G20 funcione de maneira eficaz ? afirmou o representante do FMI no Brasil, Paulo Nogueira.
? O Brasíl não só tem uma oportunidade que se abre com a crise como tem uma obrigação, porque tem que assumir a liderança que lhe cabe dentro desse processo de multilateralismo ? acrescentou o diretor-executivo do Bird, Rogério Studart.
O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio, disse que o governo brasileiro vem tomando as atitudes necessárias para enfrentar a crise, mas uma atuação forte no conselho dessas instituições requer cautela.
? Acho que nós estamos caminhando bem, com as nossas reservas mantidas, e nossa moeda está forte. O presidente tem defendido que os mercados com os nossos vizinhos sejam em moeda local, de maneira que essa discussão tem que ser de maneira aprofundada.