Estarão em debate a energia elétrica, o assoreamento em reservatórios, além de melhorias e segurança nas barragens. O congresso é realizado pela organização não-governamental (ONG) internacional Comitê Internacional de Grandes Barragens (ICOLD), uma instituição que possui comitês em vários países e promove estudos sobre barragens de grande porte.
Edilberto Muerer, presidente do Comitê Brasileiro de Barragens, que é ligado à ONG, explicou que o objetivo do evento é promover a troca de experiências entre os vários especialistas da área.
? O que se espera obter desse evento é um grande intercâmbio tecnológico entre os técnicos de vários países aqui presentes, discutindo cada um dos temas e obtendo informações que serão passadas para outros técnicos ? disse Muerer.
O engenheiro da Agência Nacional de Águas (ANA) e membro do comitê, Rogério Menescal, disse que atualmente é possível construir grandes barragens sem agredir fortemente o meio ambiente e sem causar tantos problemas para as populações que vivem próximas ao local do empreendimento.
? É uma obra, é uma intervenção física. Há um impacto visível e isso não pode ser omitido, mas as ações mitigadoras compensam esse impacto e, em alguns casos, acabam revertendo os impactos negativos para um impacto positivo porque vai haver melhoria da qualidade de vida das populações ? afirmou Menescal.
De acordo com o engenheiro, entre os exemplos de ações mitigadoras, pode-se citar a destinação de parte do terreno próximo ao reservatório para a criação de uma reserva de área ambiental; a construção de escadas de peixes para que espécies migratórias subam o rio em determinada época do ano; além de medidas de apoio social às comunidades que vão continuar na região.