Especialistas discutem desafios da produção de energia

Tema foi o principal da quinta edição do Seminário Brasileiro de Marketing do AgronegócioO desafio competitivo da agricultura alimentar e energética foi o tema principal da quinta edição do Agrimark, o Seminário Brasileiro de Marketing do Agronegócio. Estudantes, produtores rurais e integrantes de grupos representativos do agronegócio estavam na platéia do evento, que discutiu a energia que vem do campo em Porto Alegre (RS).

? Nós podemos ter certa quantidade de energia térmica sendo produzida a partir do bagaço da cana, que até pouco tempo era um problema, assim como o dejeto animal, e pode se transformar em energia. É necessário investimento, pesquisa e tecnologia ? disse o secretário de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Artur Lorentz.

O cenário futuro do agronegócio centralizou as atenções do encontro. Os participantes apresentaram alternativas para enfrentar a competitividade na produção rural.
O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Antônio Domingos Padula diz que a disputa por espaço entre a cana-de-açúcar e a bovinocultura não deve ser encarada como problema. Para ele, a competitividade é positiva e dinâmica.

? Quando eu aumento a área de cana, diminuo a área de boi. Mas se eu diminuir a área de boi, o preço da carne vai subir. Se ele subir, a carne se torna atrativa e volta a competir com a cana ? explicou.

Os participantes também discutiram estratégias de marketing para promover o agronegócio brasileiro, principalmente no mercado externo.

? Se você puder associar o café, a carne, o suco ou a fruta tropical do Brasil a um sistema de distribuição que possa chegar ao cliente com esta característica, você realmente daria ao agronegócio brasileiro poder, qualidade e um reconhecimento que ele não tem hoje ? afirma o diretor comercial da John Deere, Paulo Herrmann.