? Nós podemos ter certa quantidade de energia térmica sendo produzida a partir do bagaço da cana, que até pouco tempo era um problema, assim como o dejeto animal, e pode se transformar em energia. É necessário investimento, pesquisa e tecnologia ? disse o secretário de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Artur Lorentz.
O cenário futuro do agronegócio centralizou as atenções do encontro. Os participantes apresentaram alternativas para enfrentar a competitividade na produção rural.
O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Antônio Domingos Padula diz que a disputa por espaço entre a cana-de-açúcar e a bovinocultura não deve ser encarada como problema. Para ele, a competitividade é positiva e dinâmica.
? Quando eu aumento a área de cana, diminuo a área de boi. Mas se eu diminuir a área de boi, o preço da carne vai subir. Se ele subir, a carne se torna atrativa e volta a competir com a cana ? explicou.
Os participantes também discutiram estratégias de marketing para promover o agronegócio brasileiro, principalmente no mercado externo.
? Se você puder associar o café, a carne, o suco ou a fruta tropical do Brasil a um sistema de distribuição que possa chegar ao cliente com esta característica, você realmente daria ao agronegócio brasileiro poder, qualidade e um reconhecimento que ele não tem hoje ? afirma o diretor comercial da John Deere, Paulo Herrmann.