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Especialistas dizem que se Rodada Doha fracassar países só voltarão a negociar após quatro anos

Ministros dos países membros da Organização Mundial do Comércio tentam chegar a um acordo para o livre comércio em GenebraAs concessões sinalizadas pela União Européia (UE) até agora na Rodada Doha, que tem uma nova reunião ministerial em andamento desde domingo, dia 20, em Genebra (Suíça), ainda não são suficientes. A opinião é do especialista em relações internacionais José Romero Júnior. Ele não acredita em um desfecho positivo e afirma que, com esse resultado, o mundo deixaria de ganhar cerca de US$ 50 bilhões.  ? Todos [os países] deixam de ganhar ou perdem um pouco, porque o comércio continua com as distorçõe

Analistas brasileiros acreditam que se a Rodada Doha fracassar,  as negociações só devem ser retomadas após quatro anos. Isso porque EUA e UE vão passar por eleições, o que deve desviar as atenções dessa pauta.

Para o pesquisador Vander Mendes Lucas, professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), os acordos individuais entre os países podem ser uma saída.

? As negociações bilaterais não estão paradas, ou seja, os países, vendo a dificuldade de obter acordos multilaterais, têm buscado negociações individuais, grupo a grupo. Isso é muito importante porque também tem demonstrado que Doha não é o ponto final do comércio internacional ? argumenta.

A alternativa não é bem vista pelo especialista em relações internacionais José Romero Júnior. Para ele, só um acordo multilateral pode salvar o comércio mundial das atuais distorções.

? Os acordos bilaterais resolvem o problema de quem está dentro deles, no final das contas, e criam problemas para todo o resto porque geram sistemas de preferência ? defendeu.

A UE acenou nesta segunda, dia 21, com a possibilidade de cortar as tarifas agrícolas em 60%. Já os Estados Unidos (EUA) devem anunciar durante a rodada uma nova proposta de redução de subsídios. 

A principal divergência da agenda de negociações sempre foi o comércio de produtos agrícolas. Os países em desenvolvimento, como o Brasil, pedem a redução da ajuda financeira dada pelos países ricos aos produtores rurais. A justificativa é que a prática distorce os preços internacionais. Já os países ricos, como Estados Unidos, não concordam com regras tão drásticas, mas para compensar, pedem que os países mais pobres abram os mercados para seus produtos industriais.

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