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Especialistas em soja preveem preços e renda menores em 2017/2018

A perspectiva de uma nova safra recorde da oleaginosa tem colocado todos no setor em alerta

Bruna Essig, de Porto Alegre (RS)
Especialistas acreditam que mais uma vez o Brasil irá colher uma safra recorde de soja na temporada 2017/2018. No Rio Grande do Sul, por exemplo, as entidades que representam o setor recomendam cautela na hora de plantar, até porque a perspectiva de rentabilidade será bem menor.

A temporada 2016/2017 foi a pior safra de soja dos últimos sete anos em termos de rentabilidade, segundo a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul. E já que o bolso não está cheio, a recomendação da entidade é ter muita cautela no planejamento do próximo ciclo. “Por isso, a necessidade de o produtor olhar para o seu próprio negócio. Procurar entender o seu fluxo de caixa. Pagar o mínimo de juros o possível, tentar comprar insumos da melhor forma, comprá-los o mais barato possível, pechinchar, pra que justamente não precise mexer na produtividade”, diz o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz.

Fórum Soja Brasil 2017/2018

Segundo a entidade, o custo de produção da soja ficará 3% mais barato nesta temporada. “Só que o preço hoje, em relação há um ano, está 20% menor. Então mesmo que o custo caia um pouquinho, não será o suficiente para devolver a rentabilidade da safra 2016 ou 2015”, conta o especialista.

Produção recorde?

O país deve plantar aproximadamente 35,5 milhões de hectares e, se tudo correr bem, colher mais de 113 milhões de toneladas, conforme levantamento da consultoria Safras & Mercado.  O Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor, segue a mesma tendência, com expectativa de semear 5,8 milhões de hectares.

Segundo o analista Luiz Fernando Gutierrez, uma das movimentações esperadas é que a área de soja perdida para o milho retorne neste ano. “Isso aconteceu por causa do preço do milho, que estava bom. Os estados que semeiam milho e soja ao mesmo tempo, principalmente os do Centro-Oeste, continuam com a tendência de levar o milho para a segunda safra e deixar a primeira safra para a soja”, explica ele.

Por conta desta perspectiva, o especialista concorda com a Farsul de que o preço não deve seguir a mesma tendência.  Para o Rio Grande do Sul, por exemplo, se espera a saca a R$ 70 no porto. Isso porque a grande oferta mundial do grão deve impedir que os preços rendam uma boa margem de rentabilidade.  A recomendação dos analistas é escalonar as vendas. “Tem muita oferta pra entrar no mercado, então até naqueles momentos de entressafra onde os preços naturalmente se recuperam um pouquinho, esse ano pode ser que não tenha este efeito de forma acentuada”, conta Gutierrez. “O produtor terá que escalonar estas vendas, ir colocando no mercado, sem segurar muito. Até para ajudar nesta questão de excesso de oferta que também pressiona os preços.”

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