Quem perdeu com milho e feijão acumula um prejuízo que não pode mais ser reparado. Tentativas de replantio das culturas estão sendo feitas por produtores em todo o Rio Grande do Sul, mas a expectativa de minimizar os impactos pode ser novamente frustrada pela falta de chuva.
— Já na soja, houve recuperação significativa nas lavouras e, à medida que voltar a chover, a lavoura mais tardia vai continuar desenvolvendo — avalia Iberê de Mesquita Orsi, coordenador da Área de Agricultura da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a exemplo do que ocorreu neste mês, fevereiro e março deverão ter menos chuva do que a média histórica.
Até o final da tarde de ontem, 328 municípios haviam decretado situação de emergência, e outros quatro tinham encaminhado notificação preliminar de desastre (Nopred) para a Defesa Civil gaúcha. Já são mais de 1,9 milhão de pessoas atingidas pelos efeitos da seca no Rio Grande do Sul.