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Na espera do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, soja fica volátil

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Foto: Jonas Oliveira/ANPr

Soja
Os contratos da soja na bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira no campo misto para o grão farelo e óleo. O dia foi de muita volatilidade, com o mercado se posicionando frente ao relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será divulgado nesta quinta-feira, dia 10, às 13 horas. 

Os analistas esperam uma produção de 114,3 milhões de toneladas, contra 115,9 milhões de toneladas do relatório de julho. Na safra anterior, os americanos colheram 117,2 milhões de toneladas. A Brandalizze Consulting lembra que a área plantada deste ano é muito maior que a safra passada, então os números finais da produção poderiam ser maiores que as projeções do mês anterior. Veja quais outros fatores podem impactar o preço da oleaginosa.

No Brasil os preços da soja ficaram mais firmes, devido à alta do dólar. Os negócios, no entanto, se resumem a poucos lotes. Já que as cotações ainda estão distantes do que o produtor espera. No geral o mercado optou pela cautela neste pregão de véspera do novo relatório do USDA.

Dólar
O dólar fechou em alta de 0,67%, cotado a R$ 3,152. A moeda retomou o patamar de R$ 3,15, diante do ambiente de maior aversão ao risco no exterior com o acirramento das tensões geopolíticas entreos Estados Unidos e Coreia do Norte.

Milho
O milho na bolsa foi caracterizado pela predominante alta entre os principais contratos em vigência. O mercado foi sustentado pelo temor com o clima seco em parte do cinturão produtor, que pode afetar as lavouras. Os investidores também estão à espera do relatório de oferta e demanda do USDA. 

A expectativa é que a produção fique em 351,56 milhões de toneladas, contra os 362,07 milhões de toneladas estimados em julho e abaixo dos 384,75 milhões de toneladas registrado na safra anterior. O início de um tour pelas lavouras, que será realizado pelo grupo Pro Farmer, durante a segunda quinzena de agosto também será altamente relevante para a formação de tendência de curto e de médio prazo.

No mercado interno, a crise logística tem afetado duramente diversos estados. Com isso, os preços do milho e também no porto apresentaram consistente alta no decorrer da semana. A colheita avança em diversas regiões e problemas de armazenamento já são registrados. 
Na agenda, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza leilões de Prêmio para Escoamento do Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). As regiões contempladas são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

Café
O café na bolsa de Nova Iork (Ice Futures US) encerrou as operações da quarta-feira com preços levemente mais baixos nos contratos mais próximos. O mercado teve uma sessão de intensa volatilidade, chegou a ter ganhos e também perdas mais expressivas.

Houve movimentos de realização de lucros, após as recentes altas que levaram as cotações aos patamares mais elevados em 3 meses e meio. Entretanto, as perdas foram diminuídas por fatores técnicos e pelas indicações de  problemas no rendimento e tamanho dos grãos da safra brasileira. 

Já o mercado brasileiro teve um dia de preços do café mais firmes, mas mantendo o cenário de poucos negócios. Têm sido negociados apenas lotes pequenos, tanto da safra nova quanto da remanescente de 2016. Apesar da leve queda no final em Nova York, saíram algumas vendas no pico de alta da bolsa e por isso as cotações até avançaram  em alguns casos.

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, comercialização da safra de café do Brasil na safra 2017/2018 chegou a 34% até o dia 8 de agosto. As vendas estão atrasadas em relação ao ano passado, quando 37% da safra estava comercializada até então. Na comparação com a média dos últimos 5 anos (32%), as negociações estão mais avançadas. 

Boi
preço do boi gordo no mercado físico ficou entre estáveis a mais altos nesta quarta-feira. A expectativa é que as cotações continuem subindo no curto prazo, diante de uma rápida reposição entre atacado e varejo. “A oferta de animais terminados é bastante restrita neste momento, considerando a maior dependência do primeiro giro de confinamento”, informou o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias.

Já o mercado atacadista apresentou preços em alta, também reflexo da reposição mais rápida e com viés de manutenção da valorização no curto prazo.

Previsão do tempo
Sul

Nesta quinta-feira, o tempo muda novamente em parte da região ao longo do dia. Áreas de instabilidade avançam pelo interior a partir da Argentina e provocam pancadas de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul e extremo oeste de Santa Catarina. As temperaturas não conseguem subir muito. Chove forte, com elevados acumulados, na fronteira oeste gaúcha. Já no Paraná e maior parte de Santa Catarina o tempo fica firme, sem chuva e com temperaturas em elevação no período da tarde. 

Sudeste
A presença de um sistema frontal bem afastado no oceano ainda deixa o dia nublado do litoral norte paulista até o litoral fluminense, além do restado do litoral de São Paulo, mas sem condição para chuva em nenhuma cidade do Sudeste. 

No interior da Região o tempo firme predomina. O dia será de grande contraste térmico: os ventos mudam de direção e já baixam as temperaturas em relação ao dia anterior no sul, leste e litoral de São Paulo até o Espírito Santo. Em contrapartida, o calor ainda predomina com força no norte paulista e mineiro. Nestas áreas, os índices de umidade relativa do ar também seguem baixos à tarde.

Centro-Oeste
O noroeste do Mato Grosso tem maior quantidade de nuvens e eventual pancada de chuva com trovoadas até o fim do dia, por causa de instabilidades formadas no Norte do Brasil. Já a maior parte do Centro-Oeste continua com tempo firme, com uma área de alta pressão atmosférica que inibe a formação de nuvens carregadas. 

Mais uma vez, a umidade relativa do ar pode ficar abaixo do ideal no período da tarde, especialmente em Goiás. As temperaturas passam dos 38°C na região pantaneira, por exemplo.

Nordeste
O tempo segue instável e com pancadas de chuva desde o litoral norte da Bahia até o leste do Rio Grande do Norte, mas de maneira moderada e concentrada à noite. Volta a chover também, de forma isolada e com baixo acumulado, no litoral norte do Maranhão. 

Nas demais áreas, o tempo firme continua ao longo do dia, por causa do centro de uma região de alta pressão atmosférica que impede a formação de nuvens carregadas. As temperaturas não mudam em relação ao dia anterior e a tarde continua bastante quente.

Norte
Nesta quinta-feira, as pancadas de chuva com trovoadas continuam ocorrendo entre o Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e no oeste e norte do Pará. A chuva mais intensa ocorre sobre o estado do Amazonas, com trovoadas e eventuais rajadas de vento. Essa situação é benéfica para o rio madeira, que atingiu o seu menor nível dos últimos 48 anos. Nas demais áreas o tempo segue ensolarado e com baixa umidade relativa do ar, o que ajuda a aumentar o número de queimadas.

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