O Espírito Santo consolidou sua liderança na produção nacional de pimenta-do-reino, com uma estimativa de produção de 78,178 toneladas em 2023, um crescimento de 2,14% em relação ao ano passado.
O estado é responsável por 60% da produção brasileira, o que coloca o Brasil como o segundo maior produtor mundial, atrás apenas do Vietnã.
A pimenta-do-reino é uma especiaria tradicional da região norte do Espírito Santo, onde está presente em 45 municípios. O município de São Mateus concentra 35% da produção estadual, seguido por Jaguaré (12%), Vila Valério (9,8%), Rio Bananal (8%) e Nova Venécia (5,6%).
A produção de pimenta-do-reino no Espírito Santo gera renda para mais de 11 mil famílias e movimenta US$ 133 milhões em exportações. No acumulado de 2023, de janeiro a outubro, foram embarcadas 43,9 mil toneladas para 72 países.
A pimenta-do-reino é uma especiaria que oferece mais aroma do que ardência e é uma das mais consumidas globalmente. Ela é obtida dos frutos de uma planta trepadeira chamada Piper nigrum, que pertence à família botânica Piperaceae.
A cultura da pimenta-do-reino no Espírito Santo teve início por volta de 1818, quando imigrantes portugueses trouxeram sementes da Índia e começaram a cultivar a planta. As condições climáticas e de solo favoráveis contribuíram para o sucesso do cultivo, levando a um rápido crescimento da produção.
A pimenta-do-reino é uma cultura importante para a economia capixaba, pois gera renda para milhares de famílias e movimenta a balança comercial do estado.
“Essa liderança e crescimento comprovam que nós também somos referência no cultivo da pimenta-do-reino. Mais da metade da produção nacional é capixaba, o que coloca o Brasil como o segundo maior produtor mundial depois do Vietnã. Somente a produção do Estado equivale a 9% da produção mundial”, diz o secretário de estado da Agricultura, Enio Bergoli.
“Se o Espírito Santo fosse um país, seria o terceiro maior produtor dessa especiaria, atrás apenas de Vietnã e Indonésia. A pimenta-do-reino capixaba chega a mais de 70 países e é o terceiro produto mais importante da pauta de exportações do agronegócio capixaba, depois do café e da celulose”, conta.
______
Saiba em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Siga o Canal Rural no Google News.