? Falta percepção de que é preciso fazer campanhas corporativas ? avalia.
Uma importante oportunidade para ampliar o espaço das empresas do agronegócio pode ser nada menos que o esporte mais popular do país: o futebol. Não há números oficiais, mas o presidente da ABMR&A admite incluir a atividade esportiva nas próximas pesquisas sobre hábitos de produtores rurais em relação à mídia.
Segundo Maurício Sampaio, um dos fatores que estimulariam o uso do futebol como ferramenta de marketing é o público. Outro é o fato de se tratar de dois setores que movimentam muito dinheiro.
? O futebol pode dar boa visibilidade a um setor que tem um enorme potencial não só de marcas, mas de empresas que podem se unir para divulgar produtos. Pode até contribuir para a redução de restrições a produtos brasileiros ? estima.
Recentemente o Grupo CNH (Case/New Holland) apostou no potencial dessa parceria. No Brasil a marca estampa a camisa do Palmeiras. Na Itália, a New Holland marcou presença nas camisas da Juventus (Turim).
E as possibilidades de exposição de uma marca não se restringem ao uniforme das equipes. Há, por exemplo, as placas de publicidade nos locais de jogo. É possível também associar a imagem dos melhores atletas aos produtos em eventos de lançamento ou outras iniciativas.
Quem trabalha com marketing esportivo também avalia com otimismo a divulgação de marcas do agronegócio em torneios de futebol. Para Eduardo Hatschbach, diretor do Grupo Oba, ao qual pertence a Speed Sports, a parceria cria uma nova forma de relacionamento com potenciais consumidores.
? É um mercado ao qual estamos atentos. O setor agropecuário tem um grande potencial para usar o esporte como ferramenta de marketing ? conclui Hatschbach.
Outras modalidades
Hatschbach ressalta apenas que é importante considerar o público adequado para desenvolver a estratégia. Ele não recomenda que empresas agrícolas exponham as marcas em competições, por exemplo, de tênis ou golfe, geralmente associadas a executivos do mercado financeiro.
Por outro lado, diz acreditar que, além do futebol, categorias de automobilismo como a Stock Car ou a Fórmula Truck (corrida de caminhões) podem contribuir para bons resultados por serem campeonatos que rodam o Brasil.
No calendário deste ano da Stock, a caravana inclui grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, mas passa também por Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, incluindo agrocapitais como Londrina e Campo Grande. Na Truck, embora sejam 10 provas, o calendário é mais bem distribuído, por São Paulo, Goiás, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal, incluindo as agrocapitais Londrina, Campo Grande e Goiânia.