Segundo o coordenador regional do InPEV, Marcelo Lerina, que participou, na semana passada, da reunião de centrais de recebimento de embalagens vazias de SC e RS, realizada no Castelmar Hotel, em Florianópolis, o objetivo do encontro foi debater aspectos operacionais e aplicação de melhores práticas nas 54 unidades de recebimento dos dois estados. SC tem seis centrais e 14 postos e o RS, 8 centrais e 26 postos.
Além de fazer o balanço dos resultados de 2008, o InPEV discutiu as metas para 2009. O Brasil deve fechar o ano com 24 mil toneladas de embalagens recolhidas, sendo 92% delas recicláveis e um índice de 8% de embalagens incineradas.
? Em SC, o índice ainda é baixo, de 70% de aproveitamento para reciclagem, pela característica de minifúndios, são muitos agricultores. Mas estamos fazendo um trabalho constante de treinamento para conscientizar os agricultores sobre a importância de realizar a tríplice lavagem nas embalagens de agrotóxicos e da entrega nos postos ? disse Lerina.
Incineração é evitada com limpeza adequada
A tríplice lavagem, que trata-se de colocar água em um terço da embalagem vazia e despejar o conteúdo no pulverizador três vezes, permite a reciclagem de 95% das embalagens.
– Quando isso não ocorre, é feita a incineração. Reciclada, a embalagem vira matéria-prima para a confecção de vários produtos, como tubulações para cabeamento, canos para esgoto, caixas de baterias de caminhão, caixa de fiação, saco de lixo hospitalar e tampas para agrotóxicos – explicou.
Em 2007, SC recolheu 490 toneladas. Este ano, serão 500 toneladas. Mas, conforme Lerina, não houve crescimento significativo apenas porque a central de Chapecó ficou fechada por cinco meses para ampliação. Em 2009, a previsão é de atingir 650 toneladas no Estado.
? O recolhimento é previsto em lei, com aplicação de multas e sanções. O agricultor precisa ter estar responsabilidade ? afirmou.