? Precisamos erradicar essa situação ? afirmou a conselheira.
De acordo com ela, que faz parte da Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos, o país dispõe de dados e informações que permitem avaliar a situação de segurança alimentar e nutricional.
Marília destacou a importância da Constituição de 1988, que criou todo um sistema de direitos sociais e direitos humanos fundamentais ao desenvolvimento do país. O direito à alimentação está na Constituição desde janeiro deste ano com a aprovação de uma emenda constitucional.
? A ideia do relatório (A Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação Adequada no Brasil, indicadores e Monitoramento: da Constituição aos dias atuais), que será entregue amanhã (dia 23) em reunião plenária é de fazer um monitoramento da aplicação do direito à alimentação no Brasil. O relatório também tem como objetivo fazer uma espécie de balanço da alimentação no país ? explicou a conselheira.
Para ela, a principal violação do direito à alimentação adequada é a pobreza, mas o Brasil teve avanços muito importantes nesse campo.
? Nós ainda temos muito o que fazer, muitas pessoas ainda dependem do Estado e das políticas públicas para se alimentar com a qualidade e quantidades corretas ? disse.
? Se alguém tem dificuldade de acesso à alimentação saudável, o Estado tem que garantir isso. Hoje temos programas que procuram suprir essas dificuldades, porém, a meta que queremos é que a alimentação saudável seja de acesso de todos por meios dignos ? completou.
Segundo ela, as populações vulneráveis têm que ser priorizadas.
? Temos situações difíceis de desnutrição em crianças na Região Norte, a situação dos povos indígenas é gravíssima e ainda temos comunidades tradicionais, como os quilombolas em situação complicada.