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No ano passado, o país norte-americano já havia comprado um volume recorde de milho do Brasil: 726,8 mil toneladas. O panorama deve-se a uma das piores secas dos últimos 50 anos, que afetou a produção dos EUA e levou à quebra da safra de milho na temporada 2012/2013. A colheita prevista era de 375,7 milhões de toneladas, mas teve resultado consolidado de 272,4 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
O fator pesou no mercado internacional e favoreceu outros países exportadores do produto, como o Brasil. No entanto, com a provável recuperação da produção norte-americana nas próximas safras, esse quadro deve mudar novamente.
– Apesar da estiagem que afetou o meio oeste norte-americano em agosto deste ano, a safra daquele país voltará para o nível fantástico de produção de milho. Portanto, o volume exportado pelos EUA retornará ao patamar que os colocam como primeiro exportador mundial, já descontada a parcela que se destina à produção de etanol – diz o diretor do Departamento de Assuntos Comerciais do Agronegócio do Mapa, Benedito Rosa.
Ainda assim, Rosa diz que o Brasil firmou-se como o segundo maior exportador, ultrapassando a Argentina em 2012.
– Este ano deveremos ter outro resultado excepcional, vendendo ao exterior aproximadamente 20 milhões de toneladas – explica.
Nos primeiros oito meses de 2013, as exportações de milho brasileiro totalizaram US$ 3,28 bilhões, alta de 104,2% sobre os US$ 1,6 bilhão no mesmo período do ano passado. Os principais compradores, este ano, foram a Coreia do Sul (US$ 573,49 milhões), Japão (US$ 538,5 milhões), EUA, Taiwan (US$ 257,03 milhões) e Egito (US$ 240,94 milhões).
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