? Estamos virando colônia da China. Exportando produtos básicos e trazendo para cá itens de valor agregado ? disse Luiz Aubert Neto, mencionando a situação de cadeias produtivas como a soja, papel e celulose e a indústria têxtil.
O presidente da Abimaq voltou a afirmar que a combinação de alta carga tributária, juros altos e câmbio desfavorável torna o Brasil menos competitivo no mercado internacional. Mas não se mostra favorável a adoção de medidas de caráter protecionista.
? Proteção, aliás, é uma palavra até incorreta. O que eu quero é isonomia, igualdade de condições de competir. Temos que tornar o Brasil competitivo, eu quero ter as mesmas armas que os meus concorrentes.
Código Florestal
A reforma do Código Florestal, com votação prevista para esta semana na Câmara dos Deputados, também foi assunto da coletiva de abertura da Agrishow. O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho, ressaltou que, além dos problemas relacionados à atividade econômica, o agronegócio brasileiro tem que lidar com dificuldades ligadas à legislação ambiental.
? Nas nossas exportações, os contratos exigem o cumprimento da legislação interna e, na situação de hoje, muitos não cumprem. O agricultor quer uma lei completa para a sua situação. Estamos confiantes que o parecer do deputado Aldo (Rebelo, do PcdoB/SP) vá a voto. Acredito que é bem difícil não entrar na pauta.
? Precisa resolver isso de uma vez por todas, de uma forma consensual, para reduzir essa insegurança jurídica no campo ? acrescentou o presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Carlo Lovatelli.