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Estiagem interrompe plantio da soja em Mato Grosso do Sul

Região mais afetada pelo clima seco é o norte do Estado, onde estão localizados importantes municípios produtores, como Coxim e São Gabriel do OesteA estiagem que domina o clima de Mato Grosso do Sul fez com que os produtores rurais do Estado recolhessem as máquinas e paralisassem o plantio à espera da chuva. De acordo com os últimos dados do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga), mantido pela Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-MS), até o momento apenas 4% da área destinada ao plantio de soja foi plantada, o que corresponde a 92 mil hectares.

• Clima afeta plantio nas principais regiões produtoras de soja

A região mais afetada pelo clima seco é o norte do Estado, onde estão localizados importantes municípios produtores, como Coxim e São Gabriel do Oeste. Porém, a interrupção do plantio ainda não é motivo de preocupação, afirma o gestor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), Lucas Galvan.

– A pausa imposta pelas condições climáticas até agora não compromete a qualidade da produção – avalia o técnico.

O Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (Cemtec) prevê estiagem para os próximos dias.

– A estimativa é de que as precipitações pluviométricas ocorram somente a partir da segunda quinzena do mês, em quase todo o Estado, mas principalmente na região Sul. Estamos  vivendo um período de alta pressão, onde as temperaturas são altas e a umidade do ar baixa, entre 15% e 20% – afirma Cátia Braga, meteorologista do Cemtec.

Mercado

Além de informações sobre o clima, a Circular Técnica do Siga traz os dados do mercado interno da soja que mostram uma queda de 0,60% nos preços da soja entre a última semana de setembro e a primeira semana de outubro, passando de R$ 54,90 para R$ 54,55 a saca.

– A orientação é para que o produtor tenha cautela neste atual momento do mercado e adote um comportamento de gestão de custos e estratégia de comercialização – afirma Galvan.

Para a gestora do Departamento de Economia do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas, os preços podem melhorar no mercado interno nos próximos dias.

– Tudo dependerá da colheita nos Estados Unidos, que pode ser prejudicada com o clima, com isso o Brasil terá uma abertura de oportunidades e um possível aumento de preços no mercado interno. Outro ponto favorável é o câmbio desvalorizado que torna a nossa soja competitiva e estimula as exportações – destaca.

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