– A falta do produto já melhora os preços, mas a qualidade da soja não é para exportar. O grão vai ficar por aqui – avalia.
Já quem plantou milho deve colher até 100 sacas por hectare. Porém, como a produção no município é de cerca de mil hectares, a quantidade é pequena e não deve suprir a demanda. A baixa oferta faz com que empresas importem o grão do Paraguai, prejudicando o setor produtivo local.
– A perda da soja foi grande. Com o milho não dá para recuperar o prejuízo, porque aqui a gente planta mais soja – diz o produtor rural Simeão Neves.
A colheita dos 31,6 mil hectares plantados com soja já iniciou e, mesmo com as chuvas de janeiro, não foi possível recuperar as perdas provocadas pela estiagem, conforme o engenheiro agrônomo Jun Tsukada.
– Foi na fase de granação que não veio água. Aí, a perda foi grande – aponta.
O executivo municipal estuda a possibilidade de decretar situação de emergência.
– A agricultura é 44% do nosso Produto Interno Bruto (PIB). Vamos esperar os laudos da Emater para avaliar as lavouras e ter a noção dos estragos para decretar situação de emergência – explica o prefeito Manoel Kuba.
A aposta agora é na safrinha, segundo ele. Devem ser cultivados 31 mil hectares de milho e o plantio será iniciado assim que reduzirem as chuvas.