Para reverter o quadro, o Porto vai apostar no escoamento de outros grãos. As cargas de arroz destinadas a outros países devem dobrar.
— Nós estamos buscando outras cargas. Mesmo que elas não tenham um volume tão grande, elas têm um preço, um custo agregado que deixa um bom rendimento para o Porto. Então, é buscar também cargas que precisam do porto, como o arroz — afirma Dirceu Lopes, superintendente do Porto de Rio Grande.
A expectativa no Porto de Rio Grande é manter em 2012 a mesma média de 30 milhões de toneladas movimentadas no ano passado, mas o valor das mercadorias deve subir. No primeiro trimestre, o valor movimentado superou em 14% o mesmo período de 2011 e a soja teve papel importante nos números.
Segundo o analista de mercado Farias Toigo, pode faltar soja para atender a demanda mundial até a entrada da safra norte-americana. Com isso, a saca de 60 quilos pode atingir valores que superam o recorde de 2008, de US$ 16 por bushel.
— Há uma briga lá muito forte pela área plantada de milho e soja, que ainda não ficou totalmente definida. A gente vai ter esta posição oficial em 30 de junho. Havendo algum problema climático na soja, isso realmente vai ser uma bombinha no mercado. A gente não sabe a proporção que poderá ter — diz Toigo.