De acordo com a Conab, a variação negativa no Estado é puxada principalmente pela queda de 10,5% na produção de milho e 16,7% na de soja. Segundo o gerente de desenvolvimento e suporte técnico do órgão no Rio Grande do Sul, Ernesto Irgang, a falta de chuva, provocada pelo fenômeno La Niña, pode ser apontada como o principal motivo da queda.
? São duas culturas (trigo e soja) que requerem água para se desenvolver. Na soja, principalmente, porque em fevereiro é a época que existe o desenvolvimento do grão. Então, necessita de água para se desenvolver ? afirma.
Em âmbito nacional, a safra de grãos deve ter aumento de 0,1%, alcançando 149,4 milhões de toneladas. Os números foram divulgados nesta quinta, dia 6.
Mais três municípios podem decretar emergência
A estiagem pode levar mais três municípios gaúchos a decretar situação de emergência. Cerrito, Lavras do Sul e Pedro Osório, no sul do Estado, registram grandes prejuízos e enfrentam problemas de falta de água potável.
O chefe da Defesa Civil estadual esteve em municípios da região. O major Oscar Luiz Moiano destaca que as comunidades rurais e os assentamentos são os que mais sentem a falta de água. As regiões afetadas estão recebendo caminhões com água potável.
Sob coordenação do gabinete do vice-governador, Beto Grill, a Defesa Civil realiza reuniões para avaliar a situação. Os prefeitos dos municípios atingidos foram chamados para participar de encontro nesta sexta-feira, com o objetivo de auxiliar no diagnóstico da seca no Rio Grande do Sul.