Para o Epagri/Cepa, o maior impacto foi sentido na safra de milho em grão, com perda de 48% da produção e prejuízo de R$ 372,5 milhões. A soja, que aparece em seguida, registrou queda de 24,8% na produção e prejuízo de R$ 192,6 milhões. A produção de leite foi a terceira mais impactada, com perda de 7,4%.
O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram) confirma que, entre março e a primeira quinzena de abril, as chuvas ficaram até 80% abaixo da média. O fenômeno La Niña é apontado pelos meteorologistas como um dos principais responsáveis pela estiagem. O fenômeno intensifica os bloqueios atmosféricos nos oceanos Pacífico e Atlântico, inibindo a chegada de frentes frias.
Segundo a meteorologista Gilsânia Cruz, a previsão não é animadora para o oeste e meio oeste catarinense – regiões mais atingidas pela estiagem. O período que vai até junho ainda deve ser marcado por chuva abaixo da média nessas áreas. A previsão é que do planalto ao litoral, onde há municípios que também sofrem impacto da estiagem, os valores fiquem mais próximos da média climatológica. Em maio e junho, as chuvas diminuem significativamente em relação ao observado em um verão normal.