A falta de chuvas em parte do Cerrado da região Nordeste reduziu em 1,6 milhão de toneladas a estimativa para a safra nacional de soja em 2016. A produção anual do grão será de 100,191 milhões de toneladas, 1,6% menor do que o estimado em fevereiro, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de março, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, dia 7.
“Mas mesmo assim é safra recorde da soja. Todas as regiões plantaram mais”, lembrou Mauro Andreazzi, gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE.
A safra de soja deve ser 3,2% maior que a de 2015. Os estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul – três principais produtores de soja do país – esperam produção recorde de soja para o ano.
A opção pela soja reduziu a estimativa para o milho de primeira safra, cuja produção está estimada em 27,8 milhões de toneladas, uma retração de 2,2% em relação à expectativa de fevereiro. Houve revisão na estimativa do rendimento médio nacional em 1,6%.
“A produção de milho primeira safra cai porque, além de problemas pontuais de estiagem, a área é menor. O produtor preferiu plantar a soja do que o milho. Mas o milho de segunda safra aumenta, porque regiões que tiveram problemas de estiagem com a soja agora plantaram milho de segunda”, apontou Andreazzi.
A segunda safra de milho teve totalizar 56 milhões de toneladas, elevação de 3,2% em relação à estimativa anterior. Tanto a estimativa de área plantada (2,6%) quanto o rendimento médio (0,6%) cresceram.
Como consequência, a produção nacional de milho foi reavaliada positivamente em março. A elevação de 1,4% da área colhida levou a um crescimento também de 1,4% na produção. O país deve colher 83,8 milhões de toneladas de milho no ano.